Os burros tocam viola,
Os ratos varrem a rua,
As meninas usam barba,
Eu vivo na lua.
Os carapaus têm lã,
As galinhas têm espinhas,
As vacas dão Coca-Cola,
E chocolates as vinhas.
Os gatos calçam sapatos,
Olha a trança das serpentes,
As moscas falam francês,
Os galos lavam os dentes.
As casas voam no ar,
As nuvens dormem no chão,
Os olhos fazem chichi
E crescem rosas na mão.
Miúdo que estás a ouvir-me,
Pois tens orelhas de rã,
Diz lá o que está errado
Ou faço queixa à mamã.
Luísa Ducla Soares
in Conto estrelas em ti, Campo das Letras
O livro misterioso, de Margarida Fonseca Santos, fala sobre um menino chamado André.
Um dia o André, quando saiu da escola, resolveu ir para casa por um caminho diferente do habitual. Ele passou por um jardim onde havia um grupo de velhotes, numa mesa, a jogar às cartas. No jardim o André sentou-se num banco. Quando se levantou para se ir embora avistou, no banco, um livro que não tinha nome e que mudava de cor.
O André perguntou aos velhotes se o livro era de algum deles. Eles disseram que não. Mas, um deles, que se veio a descobrir mais tarde que se chamava Cristóvão, disse ao André para o levar.
No dia seguinte quando o André chegou à escola contou aos seus amigos, Carlos e Joana, o sucedido.
O livro desenvolve-se à volta deste mistério. Mistério que eu não vou revelar.
As duas partes do livro que eu mais gostei têm a ver com os sentimentos imaginários e reais, vividos pelas pessoas, que são neste caso o André e os seus amigos.
Primeiro, quando o André e os amigos foram a um mundo diferente, onde só se podia fazer qualquer coisa quando isso estava no pensamento. O primeiro a descobrir como é que se podia mover e andar nesse mundo foi o Carlos, o que deixou o André e a Joana muito irritados. Naquele mundo haviam grupos de pessoas em que o título para cada um deles correspondia a um sentimento, por exemplo: a amizade, o desgosto, a boa e a má disposição, o estar doente... Depois, aos poucos, os amigos do André começaram a ser sugados pelos grupos de sentimentos.
Segundo, quando o André disse à Catarina, que era a irmã do Carlos, que gostava dela, apesar dela ser mais nova do que ele dois anos. Eu gostei deste momento porque o André teve a coragem de dizer à Catarina que gostava dela, dando-lhe a conhecer o que sentia por ela.
O livro é contado pelo próprio André.
O Primeiro Ano de Uma Escola Fantástica, de Margarida Fonseca Santos, fala de um Colégio de Artes nunca antes feito em Portugal, no contexto de interligar as artes. O principal objectivo deste colégio é que todos os alunos frequentem todos os cursos, daí a interligação de artes.
No Colégio de Artes haviam vários cursos de artes: o curso de Dança, o curso de Música, o curso de Artes Plásticas e o curso de Teatro.
Neste livro, a maior parte das vezes aparecem cenas de alunos e professores na escola, mas também aparecem cenas fora da escola.
A parte que eu mais gostei foi quando um grupo de alunos, fora da escola, ajudou um professor que estava alcoolizado.
Eu acho este colégio muito bom, principalmente para quem queira seguir artes e ser um artista completo e versátil como a maioria dos artistas que agora há, que representam, cantam… tudo “misturado”.
Este livro é muito bom porque mostra assuntos do quotidiano, assuntos iguais aos da realidade “ do dia à dia”, e ainda é melhor para enriquecer o vocabulário.
Aconselho-vos a lerem este livro porque é muito giro. Ao princípio pode não parecer, mas no fim perceberão que é muito giro.
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